Oito dias sem cigarros e nada andou perto do que imaginava. Muito do que pensava ser difícil passou sem dramas de maior, como refeições e noites no geral que trazem armadilhas fáceis de evitar. Já aqui tinha escrito que é nos pequenos e insuspeitos momentos do quotidiano que o monstro se levanta e me põe em sentido; só não estavam ainda identificados.
Alguns destes são muito óbvios e suponho que comuns a todos os fumadores. Sair do trabalho, sair de uma sala de cinema. Fumava frequentemente dois cigarros na viagem para casa quando saía do escritório, em dois semáforos específicos. Antes de me aperceber o que se passa já o corpo fica inquieto.
Cada um de nós deve ainda ter os cigarros que são só nossos. Quando cozinho, por exemplo, o momento em que todos os refogados e apuramentos estão resolvidos e resta apenas esperar os quase universais 20 minutos, garantia-me um cigarro de prémio a apreciar a obra. Se faço a barba sempre depois do banho é pelo hábito de fumar um cigarro assim que a acabo. Tudo estímulos que aparecem e se resolvem por si.
Além de ser pouco, oito dias contém ainda esta motivação dos primeiros momentos e as descobertas iniciais. Começa a ficar para trás a vontade de desistir disto, mas vai crescendo a vontade de furar as regras só uma vez. Fumar só um cigarro, dar só um bafo. É capaz de ser melhor pôr-me a pau. Sem a novidade de descobrir que afinal existia um cigarro a cozinhar ou no semáforo da estação de Benfica, deixar de fumar pela segunda vez perde a piada toda. Melhor ficar-me por esta. E agora fazer a barba, pela primeira vez desde sábado, dia 2.
Alguns destes são muito óbvios e suponho que comuns a todos os fumadores. Sair do trabalho, sair de uma sala de cinema. Fumava frequentemente dois cigarros na viagem para casa quando saía do escritório, em dois semáforos específicos. Antes de me aperceber o que se passa já o corpo fica inquieto.
Cada um de nós deve ainda ter os cigarros que são só nossos. Quando cozinho, por exemplo, o momento em que todos os refogados e apuramentos estão resolvidos e resta apenas esperar os quase universais 20 minutos, garantia-me um cigarro de prémio a apreciar a obra. Se faço a barba sempre depois do banho é pelo hábito de fumar um cigarro assim que a acabo. Tudo estímulos que aparecem e se resolvem por si.
Além de ser pouco, oito dias contém ainda esta motivação dos primeiros momentos e as descobertas iniciais. Começa a ficar para trás a vontade de desistir disto, mas vai crescendo a vontade de furar as regras só uma vez. Fumar só um cigarro, dar só um bafo. É capaz de ser melhor pôr-me a pau. Sem a novidade de descobrir que afinal existia um cigarro a cozinhar ou no semáforo da estação de Benfica, deixar de fumar pela segunda vez perde a piada toda. Melhor ficar-me por esta. E agora fazer a barba, pela primeira vez desde sábado, dia 2.