Não é o apetite que aumenta. Ao fim de seis dias, posso afirmar com segurança que tenho o mesmo exacto apetite que tinha a semana passada. O que me faz procurar comida é mesmo a falta do gesto fumegante. Um gajo apercebe-se do vazio deixado pelo ritual de ir fumar e tem de inventar coisas com que se entreter. Comer é um desses substitutos. Felizmente, ainda não fui ao supermercado desde que embarquei nesta aventura, pelo que tenho a dispensa num estado de carestia miserável. Não há snacks, batatas fritas, bolachas nem salgadinhos - tudo coisas que devoraria em menos de meia-hora se tivesse a oportunidade. No trabalho, a coisa complica-se. A máquina de comida tem a particular qualidade de não ter um único alimento que não leve açúcar. Salva-se o pulmão, arruina-se a circulação. São escolhas.
Um blogue na sua segunda época e agora sem objectivos materialistas e apostas por resolver. Pancadinhas no ombro, sentimentos de desilusão e mágoa e bilhetes para o próximo jogo do Sporting podem ser enviados para adeuscianeto@gmail.com
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Whaling
Não é o apetite que aumenta. Ao fim de seis dias, posso afirmar com segurança que tenho o mesmo exacto apetite que tinha a semana passada. O que me faz procurar comida é mesmo a falta do gesto fumegante. Um gajo apercebe-se do vazio deixado pelo ritual de ir fumar e tem de inventar coisas com que se entreter. Comer é um desses substitutos. Felizmente, ainda não fui ao supermercado desde que embarquei nesta aventura, pelo que tenho a dispensa num estado de carestia miserável. Não há snacks, batatas fritas, bolachas nem salgadinhos - tudo coisas que devoraria em menos de meia-hora se tivesse a oportunidade. No trabalho, a coisa complica-se. A máquina de comida tem a particular qualidade de não ter um único alimento que não leve açúcar. Salva-se o pulmão, arruina-se a circulação. São escolhas.