Não entendo quem ainda se indigna com ex-fumadores tornados violentos fundamentalistas contra o tabaco. Só quem não sabe o que é esta privação, os passeios de cinco minutos à porta do escritório, sem cigarro, inventar o que fazer para distrair a mente, ver gente a tirar cigarros do maço sem razão absolutamente nenhuma, é que pode ter dificuldades em entender este fenómeno.
Os não fumadores são as pessoas mais desinteressantes do mundo, chatos e moralistas. Entendem-se como se entendem acólitos de uma seita, pequenos Ned Flanders deste mundo, sempre com uma parábola na ponta da lingua. Mas, e o pior é isto, estão sempre de mão esticada para nos receber. Recebo palavras de incentivo, apoio sereno, sorrisos reconfortantes dos meus amigos que não fumam. Em cheio onde todos os outros falham, estes beatos do pulmão espalham exércitos redentores.
Odeio-os por igual, claro. Tão preparados estão para se aproveitar da minha fraqueza angustiante, e engajar-me entre os seus, como os outros estão prontos a acenar-me com cigarros já acesos e trazer-me de volta com a placa do fracasso ao pescoço.
Já tenho tido dias mais simples.
Os não fumadores são as pessoas mais desinteressantes do mundo, chatos e moralistas. Entendem-se como se entendem acólitos de uma seita, pequenos Ned Flanders deste mundo, sempre com uma parábola na ponta da lingua. Mas, e o pior é isto, estão sempre de mão esticada para nos receber. Recebo palavras de incentivo, apoio sereno, sorrisos reconfortantes dos meus amigos que não fumam. Em cheio onde todos os outros falham, estes beatos do pulmão espalham exércitos redentores.
Odeio-os por igual, claro. Tão preparados estão para se aproveitar da minha fraqueza angustiante, e engajar-me entre os seus, como os outros estão prontos a acenar-me com cigarros já acesos e trazer-me de volta com a placa do fracasso ao pescoço.
Já tenho tido dias mais simples.