Um blogue na sua segunda época e agora sem objectivos materialistas e apostas por resolver. Pancadinhas no ombro, sentimentos de desilusão e mágoa e bilhetes para o próximo jogo do Sporting podem ser enviados para adeuscianeto@gmail.com

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Outros adeus

Por foleiro que seja eu ainda sou uma pessoa que se sensibiliza com momentos simbólicos como o foi ver ontem o Rui Costa a jogar os últimos minutos. Enquanto ele rematava furiosamente à baliza para marcar um último golo, ia eu visualizando o Rui Costa a jogar à bola contra o Parma em 1993, a primeira vez que vi o Benfica no estádio. Imagino que já ninguém se lembre, mas naquela altura, entre 1990 e 1994, era extremamente careta ser do Benfica para um miúdo, sobretudo em relação ao Sporting. Apesar das finais de 87 e de 90, apesar do jogo com o Arsenal e com o Leverkussen e apesar de ganharmos o campeonato praticamente de dois em dois anos, o Sporting fez dos seus jogadores, adeptos, escolas e o diabo uma fábrica de coolness. Era quase impossível combater o Figo, Capucho, Filipe, Nelson, até o Paulo Sousa depois. Mas só quase impossível, que tinhamos connosco o Rui Costa imperturbável a ser o maior sem andar em revistas, já casado, um gajo já um bocado à nossa frente. Toda a gente queria ter o Rui Costa (como o Benfica o tinha, claro), e estas unanimidades são raras.