Um blogue na sua segunda época e agora sem objectivos materialistas e apostas por resolver. Pancadinhas no ombro, sentimentos de desilusão e mágoa e bilhetes para o próximo jogo do Sporting podem ser enviados para adeuscianeto@gmail.com

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Not such great news after all…


O estimado camarada Sérgio tem muita razão em falar do papel dos irmãos no estado de ansiedade de uma criança e de adolescente habituado a fazer merda. A denúncia é a arma mais fácil e raramente o bufo é castigado da forma que merecia. Então eu que tenho dois irmãos - um mais velho e outro mais novo - sei bem do que falo.

Acontece, no entanto, que foi graças ao meu irmão mais velho que pude assumir, sem qualquer problema, que fumava aos meus pais. Mais, antes de lhes dizer o que quer que fosse, puxei de um cigarro e acendi-o. Só horas mais tarde é que o meu pai me veio perguntar se eu já fumava. Eu disse que sim e ele encolheu os ombros, conformado.

A explicação para isto tudo é muito simples. Comecei a fumar em frente dos meus pais no dia em que eles conheceram os futuros sogros do meu irmão. Nós íamos a caminho das últimas férias em família e parámos a meio do caminho para os conhecer. O motivo da reunião era a anunciada gravidez da minha futura cunhada. Quando chegou a hora da sobremesa e eles substituíram as falinhas mansas pela conversa séria que ali os trouxe, eu tive um sério ataque de pânico. Levantei-me da mesa, puxei de um cigarro e fui-me embora para o parque de estacionamento. Fumei pelo menos meio maço. Eles só saíram mais de uma hora depois. O casamento deles vai bem e recomenda-se.

O meu vício é que morreu - ou pelo menos assim o espero.