Desde a última vez que abordei este tema apaixonante, o número médio de visitas caiu para metade. Agora andamos nas vinte por dia, com algumas variantes. O Google, por exemplo, abandonou-nos definitivamente e não há forma de alguém cá vir parar com uma pesquisa. Se não fosse um bocado parvo a esta altura do campeonato, ainda mudávamos para o Sapo, mas a verdade é que no geral estamos satisfeitos com o serviço. Sei o que é estar no Sapo e garanto que toda aquela gente é espectacular a todos os níveis, mas o Blogger não é nada mau em diversos aspectos, sobretudo neste que se tornou o objectivo secreto deste blogue, que é manter-se anónimo. No Sapo as pessoas são tão solícitas e tão eficientes que um gajo não se consegue manter anónimo.
Não é bem anónimo. Ninguém aqui quer ser anónimo, ou pelo menos eu não quero, e tenho uma gratidão sem fim às cinco pessoas (foram mesmo só cinco até ver) que nos ofereceram um link, sobretudo porque nunca agradeci com o devido protocolo a ninguém. E também tenho um certo ressentimento pelas restantes pessoas no geral que não estes cinco maravilhosos seres humanos (eu sei mesmo quem vocês são, juro). Mas por ora, já que saí desse grupo tão unido que são os fumadores, pretendo manter assim estas vinte pessoas (os visitantes) e dizer que são pessoas de elevado grau de inteligência e sensibilidade. Há uma verdade mais chata que é a tendência aparentemente inexorável para o zero, de há umas semanas para cá, portanto mesmo estas vinte pessoas acabarão por embrutecer e deixar de ler estes posts, até que inevitavelmente um destes dias o blog acaba sozinho.
Não há nenhuma analogia engraçada para se fazer entre esta conversa e os cigarros, portanto vou aproveitar, já que tenho obrigações contratuais de falar sempre sobre a minha rica experiência tabágica, para enumerar os poucos cigarros que no passado fui fumando em locais proibidos. Já trazia esta temática fisgada de há algum tempo para cá mas nenhum desses cigarros é suficientemente interessante para um post isolado.
Posso começar com um que tem tanto de espectacular como vergonhoso, porque enfim, éramos miudos. Acendi um cigarro no eléctrico 15, pronto, foi isto. Mas a medo, no último banco, daqueles que são de lado, e de janela aberta, com o braço de fora. Por pouco ninguém reparava, mas houve um senhor que teve pena de mim e lá ficou indignado, promovendo assim um bocadinho a minha rebeldia e inconformismo.
Quando começou a ser proibido fumar nas estações de Metro acontecia-me muito fumar lá dentro, mas era mera distracção e também nunca ninguém se aborreceu comigo por isso. Mas eu lamento sinceramente que os cigarros no Metro tenham acabado. As pontas e por vezes cigarros inteiros mal apagados que se viam no chão junto àquela linha amarela agrupavam-se em montinhos muito práticos que indicavam com grande precisão o sítio das portas do comboio. Há quem diga que ainda é possível distinguir os padrões dos sítios menos pisados, mas não é nem de perto a mesma coisa. São pequenos confortos que se vão perdendo.
Como era permitido até aqui há pouco tempo fumar em praticamente todo o território nacional as minhas histórias resumem-se talvez a estas duas. Lembro-me bem de ter tido aqui há uns anos uma inflamação que os médicos acreditaram ser uma apendicite, só que infelizmente ocorreu às onze da noite, e tive que esperar (por um erro aceitável, não estou para fazer queixinhas do HSFX que é um sítio onde fui sempre recebido exemplarmente) umas seis horas por uma possível operação, que depois não ocorreu (era só uma inflamação), e no entretanto esperei, por indicação do médico, no bar do hospital, porque lá, se quisesse, podia fumar e não estava frio.
Tirando isto, penso até que raramente terei faltado à Lei mais vezes. Houve uma situação em que saí inadvertidamente de um sítio sem pagar, mas isso envolve terceiros e será sensato não ir por aí. Vinte visitas é fraquinho, só que eu começo a ter estima por estes vinte bravos. Mantenham-se por aí mas não prometo nada.
Não é bem anónimo. Ninguém aqui quer ser anónimo, ou pelo menos eu não quero, e tenho uma gratidão sem fim às cinco pessoas (foram mesmo só cinco até ver) que nos ofereceram um link, sobretudo porque nunca agradeci com o devido protocolo a ninguém. E também tenho um certo ressentimento pelas restantes pessoas no geral que não estes cinco maravilhosos seres humanos (eu sei mesmo quem vocês são, juro). Mas por ora, já que saí desse grupo tão unido que são os fumadores, pretendo manter assim estas vinte pessoas (os visitantes) e dizer que são pessoas de elevado grau de inteligência e sensibilidade. Há uma verdade mais chata que é a tendência aparentemente inexorável para o zero, de há umas semanas para cá, portanto mesmo estas vinte pessoas acabarão por embrutecer e deixar de ler estes posts, até que inevitavelmente um destes dias o blog acaba sozinho.
Não há nenhuma analogia engraçada para se fazer entre esta conversa e os cigarros, portanto vou aproveitar, já que tenho obrigações contratuais de falar sempre sobre a minha rica experiência tabágica, para enumerar os poucos cigarros que no passado fui fumando em locais proibidos. Já trazia esta temática fisgada de há algum tempo para cá mas nenhum desses cigarros é suficientemente interessante para um post isolado.
Posso começar com um que tem tanto de espectacular como vergonhoso, porque enfim, éramos miudos. Acendi um cigarro no eléctrico 15, pronto, foi isto. Mas a medo, no último banco, daqueles que são de lado, e de janela aberta, com o braço de fora. Por pouco ninguém reparava, mas houve um senhor que teve pena de mim e lá ficou indignado, promovendo assim um bocadinho a minha rebeldia e inconformismo.
Quando começou a ser proibido fumar nas estações de Metro acontecia-me muito fumar lá dentro, mas era mera distracção e também nunca ninguém se aborreceu comigo por isso. Mas eu lamento sinceramente que os cigarros no Metro tenham acabado. As pontas e por vezes cigarros inteiros mal apagados que se viam no chão junto àquela linha amarela agrupavam-se em montinhos muito práticos que indicavam com grande precisão o sítio das portas do comboio. Há quem diga que ainda é possível distinguir os padrões dos sítios menos pisados, mas não é nem de perto a mesma coisa. São pequenos confortos que se vão perdendo.
Como era permitido até aqui há pouco tempo fumar em praticamente todo o território nacional as minhas histórias resumem-se talvez a estas duas. Lembro-me bem de ter tido aqui há uns anos uma inflamação que os médicos acreditaram ser uma apendicite, só que infelizmente ocorreu às onze da noite, e tive que esperar (por um erro aceitável, não estou para fazer queixinhas do HSFX que é um sítio onde fui sempre recebido exemplarmente) umas seis horas por uma possível operação, que depois não ocorreu (era só uma inflamação), e no entretanto esperei, por indicação do médico, no bar do hospital, porque lá, se quisesse, podia fumar e não estava frio.
Tirando isto, penso até que raramente terei faltado à Lei mais vezes. Houve uma situação em que saí inadvertidamente de um sítio sem pagar, mas isso envolve terceiros e será sensato não ir por aí. Vinte visitas é fraquinho, só que eu começo a ter estima por estes vinte bravos. Mantenham-se por aí mas não prometo nada.